Calma! Já adianto que não tem nada a ver com os robôs tomarem os empregos dos humanos ou dominarem toda web.
Na verdade, de forma sucinta e direta, a Robotic Process Automation (RPA) tem o intuito de munir pessoas com tempo hábil para execução de tarefas que demandam mais tomada de decisão.
Robotic Process Automation é uma tecnologia que permite que robôs assumam tarefas humanas, aquelas repetitivas nas quais passamos horas do nosso dia (e até mesmo complexas) e que sabemos que poderiam ser feitas de forma mais dinâmica e automatizada.
Imagem: UiPath Studio – Community Edition
Esclarecendo ainda mais, a RPA imita exatamente as ações que um humano executa, e para isso, as ferramentas trazem uma interface amigável, em sua maioria “drag and drop”, com vários objetos intuitivos para que facilitem a vida do desenvolvedor.
Inicialmente demandam um conhecimento sólido em lógica de programação e algum conhecimento em linguagens de programação (HTML, CSS, VB.Net e C# na maioria dos casos).
Um robô em RPA é capaz de executar de forma eficaz:
O que eu ganho utilizando RPA na minha empresa?
Eu poderia passar horas citando os ganhos que a RPA poderia trazer, mas entre eles, eis alguns que considero terem destaque quando abordamos esse tema:
Uma vez que você aloca um robô para executar determinada tarefa, há a transferência de responsabilidade. A máquina passa a executar as tarefas repetitivas e consequentemente melhores resultados virão.
Quantas vezes ao preencher dados em um sistema, você teve que retornar e verificar se os preencheu corretamente? Ou cometeu algum erro ortográfico em um e-mail e teve que reescrevê-lo?
Esta é uma das facilidades que a RPA nos traz, a redução de erros através de análises mais apuradas e que não são afetadas por fatores humanos como cansaço, por exemplo. Além disso você consegue usar uma série de serviços para validar a entrada e saída dos dados garantindo a confiabilidade na automação. Isso não é demais?
Quando falamos de integração entre sistemas, além de objetos já bem estruturados nas ferramentas, é possível transitar entre sistemas sem a necessidade de uma interface de aplicação (API). Creio que este seja um dos pontos chave da RPA. Você pode, por exemplo, consultar diretamente o banco de dados de um sistema ‘X’, extrair os dados cruzando tabelas de acordo com a necessidade do processo e inseri-los em seu ERP já tratados de forma dinâmica ou extrair uma tabela de determinado website, e trabalhar os dados em um processamento futuro ou alimentar um dashboard. Como costumamos dizer: “O céu é o limite!”.
Os colaboradores não precisam dedicar horas da sua semana executando tarefas triviais. É o tipo de tarefa que um robô adora fazer. Neste caso, a RPA permite que o colaborador execute tarefas que demandam um poder analítico maior.
Mas Caio... por onde eu começo a implementação da RPA na minha empresa?
Te respondo agora. Vamos lá:
Para um projeto de RPA, é muito importante ter os processos de negócio bem definidos para que com base neles, seja possível eleger o melhor processo a ser automatizado.
Se quiser depois pode ler um artigo que temos aqui sobre Business Process Management.
Voltando ao assunto, desenvolver a automação junto à um analista de processos de negócio é essencial para o bom andamento do projeto. Eis alguns tópicos interessantes para serem explorados na eleição de um processo a ser automatizado:
Se nessa análise, a resposta for “Sim” para alguma das perguntas acima, então este processo é um grande candidato à automação!
Existem vários fornecedores de soluções em RPA. O quadrante mágico de Gartner nos traz algumas líderes de mercado, como:
E alguns outros excelentes players em outras categorias. Basta escolher qual lhes atende melhor e dispõem de mais recursos para as necessidades em questão.
Uma equipe capacitada na ferramenta escolhida é de extrema importância pois nela teremos os especialistas para questões voltadas à infraestrutura (os processos em RPA costumam ser executados em máquinas virtuais), desenvolvimento das automações, mapeamento e análise dos processos de negócio, arquitetura da solução, entre outros.
Papéis importantíssimos em um projeto como este:
Este será o responsável por levantar todo inventário de processos e definir junto ao cliente, regras de priorização e negócio acerca dos processos a serem automatizados.
Este será responsável por desenhar a arquitetura da solução junto ao Analista de Processos de Negócio. Quantos robôs são necessários para a execução deste processo? Quais tipos de robôs precisaremos usar? Os dados serão armazenados em qual banco de dados? Como será a estrutura do banco?
Essas são questões respondidas por este personagem.
Por fim, este personagem é o responsável por dar vida à automação. É ele quem construirá a automação definida pelo Analista de Processos de Negócio e Arquiteto de Soluções junto ao cliente. E aí surge uma dúvida que tenho certeza de que assombra alguns interessados nessa tecnologia. É necessário ser um programador para trabalhar com Robotic Process Automation?
A resposta é não, mas também é sim.
Como assim? Me explica isso?
A verdade é que você não precisa necessariamente ter um conhecimento tão vasto a respeito de linguagens de programação inicialmente, porém, a lógica é essencial.
Existem vários cursos na internet que te ensinam lógica de programação nas mais diversas linguagens como C, C#, Python, Javascript etc e alguns até gratuitos. Este conhecimento serve como base para iniciar os trabalhos.
Como é de praxe, nas automações você trabalhará com dados e diariamente precisará manipulá-los. Para isso, você usará uma linguagem de programação para apoiá-lo, e conforme for evoluindo, verá a necessidade de se aprofundar nos estudos dos códigos e consequentemente, com muita prática, se tornará um Desenvolvedor RPA.
Além disso, alguns fornecedores das soluções dispõem de plataformas de treinamento para profissionais que desejam se capacitar em suas soluções e também oferecem certificações:
Certificações:
Certificações:
Certificações
Qual o cenário atual do mercado e à aplicação da Robotic Process Automation?
Agora, mais do que nunca, com o surgimento do COVID-19, as empresas estão cada vez mais abrindo os olhos para Transformação Digital e tenho certeza de que você já ouviu essa fala durante a quarentena:
“As empresas que não aderiram a Transformação Digital antes do COVID-19, agora estão sendo forçadas a isso.”
Apesar de estar se tornando um clichê, é uma verdade irrevogável.
Se você que está lendo representa alguma empresa que está pensando em implantar um projeto piloto de RPA ou é um profissional interessado no assunto, te digo que este é o momento ideal para iniciar.
Bom... tem muita coisa para falar sobre esse assunto e assim o faremos através de artigos como esse, além de vídeos e podcasts e muito mais. Tem muita coisa legal vindo por aí!
Por enquanto é isso e lembre-se: Não deixe de nos acompanhar e comentar aqui sobre o assunto.
Vamos nos falando.
Sobre o Autor:
Caio Maia
Especialista em RPA
Analista e líder de automações e robotização de processos de negócio pela SOS Docs, professor de idiomas e certificado pela UiPath em Robotic Process Automation - RPA, atuou em vários projetos construindo soluções com automações em Business Process Management Suits - BPMS e RPA. Além de ter atuado como Analista de Processos de Negócio em projetos como Departamento de Estradas de Rodagem - DER/DF, Programa das Nações Unidas (Paraguai) - PNUD/PY, Infraero, Fundação Viva Previdência, entre outros. É entusiasta no estudo de tecnologias diversas que somam com a melhoria de processos de negócio trazendo agilidade, confiabilidade, acurácia e munindo pessoas com tempo hábil para realização de atividades de valor.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/caio-dultra-sfc%E2%84%A2/
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