28 de fev de 2019 às 14:57
É inegável a importância da construção para a civilização. Há mais de 6 mil anos construções e casas são erguidas e algumas estão em pé até hoje.
É uma ciência que funciona. Pelo menos era assim…
Diferente dos setores como o de transportes ou até mesmo os mercados financeiros, que já projetam carros autônomos ou criam serviços de pagamento que podem substituir o dinheiro físico, a construção não inovou muito nos últimos anos.
Ele vem sofrendo problemas criadas pela sua própria, e gigantesca, estrutura.
A produtividade do setor diminui desde os anos 90 e o retorno às empreiteiras costumam ser baixos e instáveis.
A perda era compensada na hora da venda, mas com a crise o público comprador diminuiu drasticamente.
Enquanto startups conseguiam montar equipes enxutas para criar soluções mais fáceis, baratas e inovadoras para terem trabalho mesmo durante a crise...
O mesmo não aconteceu com as construtoras. Inovar parecia um desafio grande demais por causa dos movimentos cíclicos das obras.
Quando uma nova construção começa, em outro local e equipe diferentes, perde-se boa parte do aprendizado.
Conheça algumas das soluções mais criativas que as construtechs trouxeram para o mundo da Construção Civil:
As startups Tecverde e Âmbar, de São Carlos usam a ideia de transformar partes da construção em ‘peças’. Utilizando o modelo do brinquedo Lego, que podem ser facilmente montadas na obra.
As empresas afirmam que a montagem é 4 vezes mais rápido que a alvenaria convencional. A Âmbar é especializada na construção de imóveis populares e diz que o processo é mais ecológico também, pois elimina os resíduos dessas obras.
Hoje ela atende 8 das 10 grandes construtoras do País, e construiu mais de 100 mil unidades habitacionais.
Além de desenhar casas que custam R$ 30 a mais na parcela do imóvel, mas permite R$ 90 economizados com energia ao mês, graças a painéis solares, lâmpadas LED e monitoramento de consumo.
Um dos maiores problemas no mercado da construção é o distrato. A startup ZeroDistrato nasceu para resolver esse problema de uma vez por todas.
Quando um comprador adquire um imóvel e não consegue arcar com a dívida, ele “devolve” o imóvel à construtora mediante multa. O problema é: quando isso acontece, é preciso devolver grande parte do dinheiro ao comprador.
Só que muitas vezes, os recursos já estavam sendo usados no financiamento de novas obras. Além disso, o imóvel pode perder 11% do seu valor de venda após ser “distratado”, diz estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O que a ZeroDistrato fez foi usar big data e inteligência artificial para prever as chances de um comprador não arcar com a dívida. O acerto chegou a 96% dos mais de 300 mil contratos analisados.
A startup do grupo VivaReal já possui mais de 8 milhões de acessos/mês em seu site oficial.
Ela nasceu para fornecer de maneira unificada conteúdos que reúnam as melhores ideias de decoração, arquitetura e design de interiores. Através de artigos e galeria de fotos dando insightspara as pessoas transformarem seus lares em um ambiente mais especial e aconchegante.
O site é gratuito, e apesar do foco ser criar um ambiente no qual o consumidor encontre referências para reformar seus lares, o Diego Simon, cofundador da startup conta que ele também é essencial para profissionais de arquitetura:
“ Oferecemos uma ótima oportunidade de visibilidade, com exposição gratuita de perfil profissional e portfólio de projetos, colaborando para uma gestão adequada da presença digital deles.”
O Construct App uniu escritório e canteiro de obras para empresas da construção economizarem tempo e dinheiro no que realmente importa: a qualidade dos projetos construídos.
Em 2017, ela foi eleita uma das 100 empresas de construção civil mais inovadoras do mundo.
É possível gerir a evolução das obras de qualquer lugar. Adicionar plantas, imagens, criar tarefas e checklists e até enviar relatórios.
Através do Construct, as empresas podem executar vistorias de qualidade, registro fotográfico, gerenciamento de equipes remotas, comparação de produtividade entre projetos, equipes e funcionários e muito mais.
A startup mineira Benvenuto é uma imobiliária online e propõe uma nova experiência para a compra e venda de imóveis.
Os imóveis cadastrados recebem avaliação jurídica, anúncios personalizados e uma definição de cliente ideal para compra.
Se a venda for concluída, o comprador e vendedor podem ser premiados com até 10% do valor da comissão em produtos de uma rede de empresas parceiras.
O corretor de imóveis da startup (o Agente Benvenutto) recebe uma comissão até 2x maior que a média do mercado. Tem registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), veículo próprio e a empresa oferece todo suporte tecnológico para os processos de contato com o comprador.
Além de treinamentos e remuneração mais atrativa.
Atualmente existem mais de 340 construtechs no Brasil. Cada um com uma solução mais inovadora que a outra para a Construção Civil.
Mesmo durante a crise, algumas como a Quinto Andar se tornaram bilionárias. E o investimento mundial nessas startups bateu recordes em 2018 ultrapassando US$ 1,05 bilhão de dólares.
Enquanto isso, empresas grandes encolhem em faturamento, perdem profissionais e o mercado de atuação diminui.
Para saber disso, e como as construtoras podem usar o conhecimento dessas startups para voltarem a crescer, a StartSe realiza em março o Construtech Conference 2019.
Mais de 1.500 profissionais do setor, empresas e startups vão estar juntas para discutir as soluções e principais tendências do setor.
A Quinto Andar (maior construtech do Brasil) e a Vitacon são alguns dos players convidados.
O evento ocorre dia 29 de março, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Fonte: startse
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